*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Amazonas aparece como o terceiro estado com maior índice de sub-registros de nascidos vivos no Brasil, de acordo com o Estudo Complementar à Aplicação da Técnica de Captura-Recaptura 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro GE. Com um percentual de 6,5%, fica atrás apenas de Roraima, com 14,3%, e Amapá, com 9,5%. O Pará registra 4,4%, enquanto o Acre tem 4,7%, o Tocantins 2,8% e Rondônia apenas 0,6%.
A pesquisa revela que a Região Norte concentra o maior percentual de sub-registros de nascimentos, com 5,14%, seguida pelo Nordeste, com 1,66%, e pelo Sul, com 0,21%. A análise dos pesquisadores aponta que essa disparidade está relacionada à dificuldade de acesso aos cartórios enfrentada pela população dessas regiões, especialmente em áreas remotas, onde registrar uma criança pode ser demorado e complexo.
Destaca-se ainda que os maiores percentuais de sub-registros ocorrem entre mães menores de 15 anos (8,06%), enquanto as subnotificações são mais comuns entre aquelas com 49 anos (7,84%). Segundo o estatístico Luiz Fernando Costa, do IBGE, muitas vezes, as mães mais jovens não contam com apoio para orientá-las sobre o registro, o que pode retardar o processo.
Outro fator que contribui para os sub-registros é a espera pela participação do pai no registro, o que pode causar ainda mais atrasos. O estudo também apresenta os números de nascimentos por faixa etária das mães no Amazonas, destacando a ocorrência de 1.022 nascimentos com mães menores de 15 anos e 14.415 entre 15 e 19 anos, entre outros dados estatísticos.