O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus-AspromSindical publicou uma carta aberta neste domingo, dia 09, comunicando à sociedade sobre a greve a partir desta segunda-feira, dia 10.
Segundo o anúncio do sindicato, os professores e pedagogos que atuam nas escolas de ensino médio em Manaus estão em greve, por tempo indeterminado, contra o retorno das aulas
“Temos fortes motivos pra desconfiar que os dados apresentados pela Fundação de Vigilância da Saúde não são verdadeiros. Acreditamos que os casos de contaminação e de mortes por Covid19 estão sendo subnotificados”, informa a nota.
A coordenação do sindicato tentou conversar com o governador na última quarta-feira, dia 05, mas não obteve êxito. Na quinta-feira, dia 06, comunicou a deflagração da greve.
“A Seduc não atendeu a solicitação do Sindicato para dar total segurança para o retorno das aulas presenciais. A Seduc não fez as reformas nas janelas das salas de aula e das salas de professores para que haja a circulação do ar natural, conforme exigido pela Organização Mundial da Saúde-OMS, não se responsabilizou em fazer testagem em massa dos Professores e alunos para, principalmente, identificar os assintomáticos e separá-los para não retornarem e não contaminarem os outros da comunidade escolar, e, mais grave de tudo, o Governo do Estado não tomou nenhuma atitude para ter um rígido controle sobre o transporte coletivo urbano”, alega a coordenação do sindicato que comparou a reabertura das escolas com abatedouros.
“Todos sabemos que, mesmo com a pandemia, os ônibus continuam circulando superlotados e sem nenhuma fiscalização do poder público. É certo que os adolescentes e trabalhadores em educação irão se contaminar dentro dos ônibus se forem obrigados a retornarem ao trabalho presencial nas escolas. Infelizmente, o decreto de retorno das aulas presenciais do Governador irá transformar as escolas em verdadeiros abatedouros”.