*Da Redação Dia a Dia Notícia
Durante o mês de outubro deste ano, doenças diarreicas tiveram crescimento de 28%, em relação ao mesmo período do ano de 2022, devido à seca histórica que atingiu o Amazonas. Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP), febre, diarreia, vômito, dor muscular e dor abdominal foram alguns dos sintomas que 24.462 pessoas enfrentaram no mês passado.
“Quando a gente tem o período de vazante e de estiagem, o que acontece é que diminui a oferta de água potável. Com essa diminuição, aumenta o risco de contaminação. Por isso, a gente trabalha principalmente com a questão das doenças que são de veiculação hídrica, nesse caso as principais são as doenças diarreicas agudas”, explicou Tatyana Amorim, presidente da FVS.
Segundo a FVS-RCP, o número de internações é estável, porém pode estar ocorrendo devido à dificuldade de locomoção para chegar aos hospitais. No momento, os atendimentos são feitos por unidades básicas.
“Eles fazem a entrada pela atenção primária e recebem o medicamento e também os sais para reidratação oral. Uma das principais consequências da diarreia é a desidratação, que também é o nosso maior problema com a seca”.
Entre as principais causas estão ingestão de água sem tratamento; consumo de alimentos sem procedência; consumo de frutas e legumes sem higienização adequada; e condições de saneamento e de higiene precárias.
No dia 12 de outubro deste ano, a fundação emitiu uma nota informativa listando todas as doenças e agravos relacionados ao período de estiagem.
A nota informativa aponta que o Amazonas está vulnerável a pelo menos 13 efeitos à saúde humana, sendo eles: doenças gastrointestinais agudas; doenças de transmissão hídrica e alimentar; doenças transmitidas por vetores e zoonoses; desidratação com risco de agravamento de doenças crônicas; doenças infecciosas e parasitárias; verminoses e transtornos psicológicos.