*Victória Louzada – Dia a Dia Notícia
O prefeito de Manaus, David Almeida, fez dois pronunciamentos públicos após ter o pedido de empréstimo de R$ 600 milhões, que seriam usados em investimentos na cidade, negado pelos vereadores durante votação na Câmara Municipal (CMM).
Mesmo Manaus sendo referência pela transparência na gestão do prefeito David Almeida e tendo um bom crédito com a União, e tendo capacidade para adquirir empréstimos, os vereadores decidiram não liberar o valor, o que causou indignação no chefe do Executivo.
“Eu não endividei a prefeitura, eu herdei isso, então eu não tenho alternativa para investir, inclusive, para fazer investimentos, a Prefeitura não tem dinheiro. Nós temos para pagar as contas, contratos, para pagar servidores. Mas falta, por exemplo, dinheiro para investimentos. E nesses 600 milhões, o que nós tínhamos lá? Asfaltar mais 2 mil ruas. Não foi ao prefeito que foi negado, foi à população, que teve uma votação, em que a população foi prejudicada pelos seus representantes”, afirmou o prefeito durante a entrega da primeira praça molhada da cidade.
Em outro evento, no Parque do Idoso, ao entregar materiais e recursos para pagamento de pessoal para 69 instituições, o prefeito lamentou a decisão dos vereadores, e afirmou que Manaus pode perder muito de seu planejamento, tendo em vista que, em janeiro, voltará a chover e a cidade vai precisar desassorear os igarapés que inundam e prejudicam a população.
“Sabe o que disseram? Não! Deixa eles dentro da lama, do igarapé. Mas nós não vamos deixar que esse homens maus possam alarmar o povo. Eu vou colocar a cara de todo mundo em outdoor”, avisou o prefeito.
O empréstimo negado
Em votação na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nessa quarta-feira (08), os vereadores negaram a autorização do um novo empréstimo de R$ 600 milhões, para serem usados pela gestão David Almeida em obras de infraestrutura.
Com uma votação dividida, os vereadores decidiram com placar em 20 a 19, com decisão final do presidente da CMM, Caio André (Podemos), com um voto contrário à autorização, não liberar a contratação do empréstimo.
Segundo a Prefeitura de Manaus, o empréstimo seria contratado junto ao Banco do Brasil, e que os valores seriam aplicados em operações de “infraestrutura urbana, construção de obras de artes especiais, construção e revitalização de parques e contenção de processos erosivos”.
