*Da Redação Dia a Dia Notícia
Em um ano, com a virada de governo e ações articuladas, a área de desmatamento da Amazônia Legal caiu de 1.454,76 quilômetros quadrados (km²) para 590,3 km², na comparação de setembro de 2022 para o mesmo mês deste ano. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O número representa uma queda de 59% no desmatamento em relação ao mesmo período em 2022.
Em agosto, a queda foi ainda mais expressiva. Houve variação de 1.661,02 km² para 563,09 km².
O número acumulado de queimadas também apresenta queda em relação a 2022. Até o momento, a Amazônia Legal registrou 81.366 focos de incêndio, número 29% menor que em 2022. Contudo, o fenômeno meteorológico El Niño agrava os problemas característicos do mês de setembro na região.
No Amazonas, mesmo com a redução das queimadas, o tempo seco e a falta de chuvas provocam nuvens de fumaça advindas dos incêndios florestais, gerando cenários como os da última semana: Manaus encoberta por fumaça e piora significativa da qualidade do ar.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), destacou que o fenômeno está com uma força atípica devido às mudanças climáticas que atingem todo o mundo.
“Começamos o ano com chuvas torrenciais na Amazônia, particularmente no Acre, no Amazonas e em Rondônia, e secas no Sul do país. Nós estamos encerrando o mesmo ano com chuvas torrenciais onde era seco e uma seca insuportável onde tivemos enchente. Isso são os eventos extremos. De fato, o El Niño é um fenômeno natural, mas está potencializado pela mudança do clima e essa potencialização está levando a efeitos devastadores”, destacou a ministra.