*Da Redação Dia a Dia Notícia
Subiu para 15 o número de cidades em emergência por causa da seca no Amazonas. Com a estiagem deste ano, o estado registra a morte de peixes e outros animais. O número de pessoas afetadas passou de 100 mil na terça-feira (26), e pode chegar a 500 mil até o final do ano.
Algumas cidades afetadas também enfrentam o desabastecimento de alimentos e problemas de acesso a água potável.
Os casos têm acontecido em lagos e igarapés de cidades mais próximas a Manaus, como Iranduba.
Em agosto, um igarapé de Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus, registrou a morte de centenas de peixes.
Segundo moradores do local, um ramal construído sobre o igarapé piorou a situação, já que passou a dificultar o acesso dos peixes ao rio. Sem oxigênio suficiente no igarapé e com o calor intenso, dezenas de peixes morreram.
Vídeos feitos por um morador mostram os animais tentando respirar na superfície. No dia seguinte, ele voltou ao local e fez imagens dos peixes mortos.
Em Tefé, na semana passada, houve o registro da morte de um peixe-boi. Depois disso, botos começaram a aparecer encalhados nos bancos de areia formados durante a seca. Até o momento, pesquisadores da região contabilizaram mais de 20 botos mortos ao longo do Lago de Tefé.
Nesta semana, Manacapuru passou a registrar mortes de peixes. Imagens feitas entre segunda-feira (25) e esta terça-feira (26) mostram várias espécies mortas no Lago do Piranha.
O cenário é de vazante mas o baixo nível das águas demonstra outra realidade. Há 4 dias moradores do Lago do Piranha em Manacapuru/AM passaram a enfrentar mais um problema causado pela seca. A mortandade de peixes causada pelo baixo nível do rio mudou o cenário do local. pic.twitter.com/fJjQFpjVKb
— Notí[email protected] (@SilvaAdauto) September 27, 2023
A situação prejudica os moradores da comunidade, que usam um sistema para canalizar a água do lago. Com os animais em decomposição, a água fica imprópria para consumo.