*Victória Louzada – Dia a Dia Notícia
O ex-investigador da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Raimundo Nonato Monteiro Machado, e sua esposa, Jussana de Oliveira Machado, estão sendo alvo de acusações no Ministério Público (MP-AM), por tentativa de homicídio contra a vida do advogado Ygor de Menezes Colares, e tortura por ter agredido fisicamente a babá Cláudia Gonzaga Lima. Os crimes aconteceram no dia 18 de agosto desde ano, onde os suspeitos e o advogado moravam em Manaus.
A denúncia foi formalizada pelo promotor de Justiça Luiz do Rego Lobão Filho, nesta sexta-feira (15), que entende que os depoimentos prestados na fase policial e as imagens do crime comprovam que Raimundo Nonato entregou a pistola carregada de balas à sua esposa, com a determinação de que a arma fosse apontada para a vítima Ygor Menezes, para que o disparo fosse feito pela acusada. O casal responde oficialmente pela acusação de tentativa de homicídio em concurso de vontades por esse fato.
“O acusado Raimundo passou a pistola municiada para a acusada Jussana e ainda determinou a esta que mantivesse a arma apontada para Ygor, e esta prontamente atendeu ao marido, mantendo Ygor sob a mira de uma pistola municiada, assumindo ambos o risco de provocar o resultado morte, em dolo eventual”, argumentou o promotor.
Ainda segundo avaliado pelo promotor, após o disparo, o casal continuou a perseguir a vítima até a portaria do Condomínio, e Ygor só não foi morto porque conseguiu correr e se assegurar na portaria, enquanto funcionários tentavam conter a confusão.
Outro ponto levantado pela denúncia é que a tentativa de homicídio ocorreu em circunstâncias que agravam ainda mais a conduta dos suspeitos, destacando que o advogado tentou socorrer a babá, e o casal tentou impedir.
Afora a acusação de tentativa de homicídio, o casal ainda é acusado da prática do crime de tortura em face da vítima Cláudia Gonzaga de Lima. Intenso sofrimento físico e psicológica teriam sido suportados pela babá durante as agressões, disse o Promotor, imputando ao casal a prática da tortura descrita na lei 9.455/97. Jussana, dispõe a denúncia, desferiu diversos socos na vítima Cláudia Gonzaga, que se encontrava indefesa, caída ao chão, enquanto Raimundo a incitava a bater na cabeça da vítima.
Em conjunto com a denúncia, o Ministério Público rejeitou o pedido de liberdade que fora levado à sua apreciação, em parecer. Opinou que o casal se mantenha na prisão para a garantia da ordem pública. Segundo Luiz Rego, ainda que primários e de bons antecedentes, aos acusados não pode socorrer o benefício da liberdade provisória por terem revelado conduta propensa a prática de atos de violência. Os autos se encontram conclusos para despacho do Juiz.
Processo nº 0580577-14.2023.8.04.0001
*Com informações de Amazonas Direito
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