Pesquisa Datafolha publicada neste domingo (5) pelo jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 59% dos brasileiros rejeitam a renúncia do presidente Jair Bolsonaro em meio à sua atuação na crise causada pelo coronavírus no Brasil. O levantamento mostra ainda que 37% desejam que ele renuncie, o que vem sendo pedido por políticos contrários ao governo, e 4% não sabem dizer.
O instituto entrevistou, por telefone, 1.511 pessoas entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro da pesquisa é de três pontos.
A renúncia do presidente Jair Bolsonaro em meio à sua atuação no combate ao surto do novo coronavírus no País é rejeitada por 59% dos brasileiros, aponta pesquisa Datafolha, divulgada pela Folha de S. Paulo neste domingo (5).
Por outro lado, em meio aos esforços do Ministério da Saúde, 37% desejam que o presidente renuncie ao cargo. Já a gestão da crise é aprovada por 33%, que consideram as ações do governo federal como boa ou ótima.
A pesquisa ouviu 1.511 entrevistados por telefone entre os dias 1º a 3 de abril e considera que a margem de erro é de três pontos percentuais.
Embora o levantamento aponte que apenas 33% dos entrevistados considerem a gestão da crise sanitária pelo presidente da República como boa ou ótima, 52% creem que ele tem condições de seguir liderando o País. Para 44%, Bolsonaro perdeu tais condições, e 4% não souberam responder.
Meio político
Com o avanço da crise e os desentendimentos com os demais Poderes, governadores, prefeitos e até mesmo membros de sua própria administração – caso do ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) –, o tema da renúncia de Bolsonaro ganhou força no meio político. Lideranças de esquerda, como os ex-presidenciáveis Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) lançaram um manifesto pedindo a saída do mandatário.
De acordo com o Datafolha, a defesa da renúncia de Bolsonaro ecoa sobretudo entre jovens (44%), mulheres (42%), os que têm ensino fundamental (40%) e aqueles com renda mensal superior a 10 salários mínimos (39%). A região Nordeste é a que lidera os apoiadores do movimento, com 47% – numericamente inferior, mas em empate técnico com o grupo dos contrários: 49%.
A rejeição à renúncia de Bolsonaro é maior entre quem ganha entre 5 e 10 salários mínimos (69%), entre os homens (65%) e entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (64%). A região Sul é a com menor apoio à renúncia do presidente, com 28% de apoiadores.
*Com informações de sites nacionais.