*Da Redação Dia a Dia Notícia
O historiador Christopher Rocha, 25, foi detido por policiais federais na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) após protestar contra a realização de uma palestra com André Lajst, ex-soldado das Forças de Defesa de Israel e presidente da organização StandWithUs Brasil, instituição que afirma lutar contra o antissemitismo e que “educa sobre Israel e os conflitos no Oriente Médio”. Presidente da União da Juventude Socialista do Amazonas (UJS/AM), Christopher e outros ativistas protestavam contra a ocupação israelense no território da Palestina.
O protesto já estava marcado há alguns dias. Em comunicado, membros da UJS se prepararam para se manifestar contra a presença do “terrorista sionista André Lajst, que serviu no exército israelense e é defensor do regime de apartheid de Israel”.
“Ao abrir as portas para esse criminoso sionista, Ufam e UEA se colocam a favor do Apartheid e da limpeza étnica praticados por Israel contra o povo da Palestina”, diz o comunicado.
Durante a manifestação, Christopher foi detido pela Polícia Federal, única com poderes para realizar prisões dentro do ambiente da Ufam. Segundo informações, o reitor Sylvio Puga acompanhou Christopher até a sede da PF, onde foi ouvido e assinou um termo antes de sua liberação.
O historiador recebeu o apoio do Centro Acadêmico de História (CACHA), do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam).
Em contrapartida, André Lajst publicou em suas redes sociais um vídeo do momento da detenção, afirmando que Christopher empurrou um dos policiais e foi detido por desacato. Contudo, o próprio vídeo postado não mostra nenhum policial sendo empurrado.
Na página oficial do StandWithUs Brasil, ele também afirmou que foi a própria reitoria quem solicitou a presença policial na universidade. A palestra foi realizada pelo Instituto Ajuricaba, organização de viés liberal.