Manaus, domingo 14 de dezembro de 2025
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Carla Zambelli e hacker da ‘Vaza Jato’ são alvos de operação da PF contra invasão em sistemas do Judiciário

Foto: Reprodução/Twitter

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Nesta quarta-feira (2), a Polícia Federal faz operação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL) e o hacker Walter Delgatti Neto. Os policiais cumprem mandado de prisão contra o chamado ‘hacker da Vaza Jato’, conhecido por invadir telefones de autoridades envolvidas na megaoperação, e de busca e apreensão no gabinete e no apartamento da parlamentar em Brasília (DF).

De acordo com a PF, a Operação 3FA tem o objetivo de esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Entre os documentos forjados, havia um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, diz nota da PF. 

Essa é a terceira prisão de Delgatti. Ele havia sido preso em julho de 2019, durante a Operação Spoofing, que desarticulou uma “organização criminosa que praticava crimes cibernéticos”, de acordo com a PF. Ele foi solto em setembro de 2020, quando passou a usar tornozeleira eletrônica e ficou proibido de acessar a internet.

O hacker foi preso novamente em junho deste ano após descumprir medidas judiciais. Delgatti confirmou à PF que cuidava das redes sociais e do site de Carla Zambelli, desrespeitando a condição para a liberdade provisória. Ele foi solto em 10 de julho, quando passou a usar tornozeleira eletrônica novamente.

Delgatti se aproximou de Zambelli no ano passado. Em depoimento à PF, ele contou que a deputada o contratou para invadir as contas de e-mail e o telefone de Moraes. O hacker disse que o pedido foi feito pela parlamentar em encontro na Rodovia dos Bandeirantes em setembro. Ele afirmou que conseguiu acessar o email do ministro, mas sem encontrar nada de comprometedor, e que não teve êxito na tentativa de acessar o celular de Moraes. Segundo ele, a deputada também pediu que ele tentasse invadir o sistema de segurança das urnas eletrônicas. Mais uma vez, sem sucesso.

Levado por Zambelli, o hacker ainda participou de encontros com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na sede da legenda, e com o então presidente Jair Bolsonaro.

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