*Da Redação Dia a Dia Notícia
A partir de agora, o estado do Amazonas tem 17 línguas oficiais. E o português é apenas uma delas. Dezesseis línguas indígenas foram incluídas como oficiais em ato realizado nessa quarta-feira (19), em São Gabriel da Cachoeira, que fica a 800 quilômetros de Manaus, e é considerada a cidade mais indígena do Brasil.
O governador em exercício, Tadeu de Souza (Avante), sancionou a lei que cria a Política Estadual de Proteção das Línguas Indígenas. A assinatura ocorreu logo após o lançamento da primeira Constituição Federal traduzida para o nheengatu, conhecida como língua geral amazônica, proveniente do tupi antigo.
O evento contou ainda com as participações das ministras do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia e Rosa Weber, atual presidente da Corte.
“Certa de que o dia de hoje é um marco na história constitucional do nosso país, o meu desejo é de que sigamos avançando para, juntos, concretizarmos o que a nossa constituição almeja. Ou seja, que possamos construir juntos um Brasil verdadeiramente inclusivo”, disse Rosa Weber.
Após sancionar a lei, Tadeu entregou o texto completo da lei ao presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), Marivelton Baré; à presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana; ao prefeito de São Gabriel da Cachoeira, Clóvis Curubão (PT); à ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL); e à presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Nélia Caminha.
Com a criação da nova política estadual, além do português, passam a ser línguas oficiais do Amazonas os idiomas:
- Apurinã
- Baniwa
- Dessana
- Kanamari
- Marubo
- Matis
- Matsés
- Mawé
- Mura
- Nheengatu
- Tariana
- Tikuna
- Tukano
- Waiwai
- Waimiri
- e Yanomami.