A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde encerrou previamente o depoimento remoto de Criselídia Bezerra de Moraes, dona da Norte Serviços Médicos, nesta quarta-feira, dia 22. A empresa é investigada pelos serviços de lavanderia no Hospital de Combate à Covid-19 da Nilton Lins. A depoente, de 68 anos, é apontada como vítima de fraudes por outros sócios da firma.
Em menos de 30 minutos de depoimento, e após interferência do advogado e da enfermeira da depoente, a CPI encerrou a participação de Criselídia na sessão.
Segundo o presidente da CPI, deputado Delegado Péricles, a possibilidade de Criselídia ser “laranja” da Norte Serviços será apurada pelos parlamentares.
A proprietária legal da empresa reservou-se ao direito de não responder aos questionamentos sobre a origem dos R$ 5 milhões que possibilitaram a compra da empresa, quais serviços são prestados pela firma e onde está localizada.
“Visivelmente essa senhora não é proprietária da empresa, porque ela não sabe dados elementares, básicos, de que tem um negócio milionário”, afirmou o deputado Wilker Barreto (Podemos), que indagou à testemunha qual é o faturamento da empresa.
Contratos com a Susam
Segundo os deputados da CPI, desde 2017, a Norte Serviços Médicos já arrecadou cerca de R$ 24,5 milhões por serviços de diversos tipos prestados à Susam, incluindo jardinagem.
No dia 1º de junho, a CPI colheu depoimento do procurador da Norte Serviços, Carlos Alecrim. Na ocasião, ele afirmou que a empresa já lavou 44 toneladas de roupas de cama, o equivalente a 3,5 mil quilos por dia. O pagamento, que ainda não foi feito, é estimado em R$ 70 mil mensais, que será cobrado por meio de processo indenizatório ao Governo do Amazonas.