*Da Redação Dia a Dia Notícia
Ao ordenar busca e apreensão contra influenciadores suspeitos de envolvimento em um esquema fraudulento de rifas, a juíza Silvânia Ferreira, da Vara de Inquéritos Policiais, rejeitou o pedido da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) para prender os envolvidos. A decisão foi assinada no dia 5 de junho e as ordens foram cumpridas na última quinta-feira (29).
A juíza ordenou apenas busca e apreensão, o bloqueio das redes sociais, a quebra de sigilo de dados telefônicos e interceptação telefônica de João Lucas da Silva Alves, conhecido como Lucas Picolé; Enzo Felipe da Silva Oliveira, o Mano Queixo; Isabelly Aurora e outras três pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.
A magistrada alegou que não havia “razões plausíveis” para a prisão preventiva dos investigados, e que a prisão temporária não era “imprescindível” para as investigações, pois os envolvidos ainda não tinham sido ouvidos e não havia “elementos concretos” que indicassem embaraço às investigações. Ela alegou ainda, “fragilidade dos indícios de autoria” dos crimes de fraude.
Lucas Picolé e Mano Queixo foram presos em flagrante na quinta-feira (29) por outros motivos durante busca e apreensão na casa de Lucas, no bairro Novo Aleixo, zona norte. A polícia encontrou drogas sintéticas (LSD), munições e uma motocicleta adulterada no local. Lucas também foi autuado por vender produtos falsificados.
De acordo com agentes da polícia, Lucas tentou se desfazer de dois aparelhos celulares e da chave de um veículo BMW, onde foram encontradas as drogas. Segundo os agentes, ao avistar os policiais, o influenciador jogou os celulares e a chave no telhado da casa vizinha. Os PMs tiveram que subir no local para pegar os materiais.
A polícia investiga, além de Lucas Picolé e Mano Queixo, a influenciadora Isabelly Aurora e outras três pessoas pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, associação criminosa, fraude no comércio, receptação qualificada, promoção de jogos de azar, publicidade enganosa e crimes contra as relações de consumo.