*Da Redação Dia a Dia Notícia
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (20) na sede da Polícia Federal, bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus, o coordenador da Operação Entulho, delegado Eduardo Zózimo, explicou que empresas eram criadas para emitir notas fiscais fraudulentas. Entre 2016 e 2019, mais de R$ 120 milhões em “notas frias” foram emitidas.
“Empresas eram criadas apenas para emitir notas fiscais que elas não adquiriram e que elas não trabalhavam. Em regra, esses produtos eram areia, pó de brita e cascalho. Sendo que essas empresas nunca adquiriram esse tipo de produto para ser revendido. Na realidade, esses produtos nunca foram entregues […] O crime vem sendo praticado de 2016 até hoje”, disse.
A operação que ocorreu, nesta terça-feira (20), mirou empresas que atuam no ramo de coleta de lixo e limpeza púbica, como a Tumpex, por sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Empresários donos das empresas, procuradores e funcionários foram alvos da operação. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e das empresas supostamente ligadas à organização criminosa, e oito mandados de prisão. Até o momento cinco pessoas foram presas.
As empresas investigadas possuem contratos vigentes com a Prefeitura de Manaus, porém nenhum agente público foi alvo da operação, informou o delegado Eduardo Zózimo.
Ao todo, já foram identificadas até o momento a participação de 31 empresas de fachada, escritório de contabilidade, além de seus respectivos sócios e empregados das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.
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