*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Um grupo de indígenas do Peru sequestraram quatro embarcações brasileiras e durante uma das ações fizeram sete pessoas de refém desde terça-feira (6), no Amazonas. Na sexta-feira (9), a Marinha do Brasil informou que as balsas saíram de Tabatinga, no interior do estado, no dia 22 de maio, e retornariam para Manaus com óleo cru de petróleo.
Conforme o Comando do 9º Distrito Naval (Com9ºDN), o comboio brasileiro está retido em uma comunidade indígena no Peru. As balsas teriam partido do Amazonas com destino a Iquitos. Ainda segundo a unidade, a Marinha de Guerra do Peru enviou duas lanchas de controle fluvial para monitorar o caso.
“Os tripulantes das embarcações brasileiras estão bem e permanecem a bordo, aguardando posicionamento das autoridades peruanas para seguir viagem”, ressaltou o Comando.
A Marinha do Brasil disse, ainda, que está em contato com a Marinha de Guerra do Peru, acompanhando o caso.
Terror no sequestro
De acordo com uma filmagem, os tripulantes tiveram que enfrentar momentos de terror durante o sequestro no Amazonas. Na imagem, é possível ver uma das vítimas conversando com os sequestradores.
“O meu Deus, oh Jesus, tenha compaixão”, diz um homem.
Ainda no vídeo também é possível ver que a embarcação está cercada por canoas. Os tripulantes ainda estão a bordo e “aguardando posicionamento das autoridades peruanas para seguir viagem”.
Confira o vídeo:
Nota da empresa
Em nota, o Grupo Cidade Transportes afirmou que a tomada da embarcação ocorre já que os indígenas daquela região reivindicam maiores participação nos royalties do petróleo.
“Desde que tivemos conhecimento do ocorrido, iniciamos o contato e já estamos tratando com a Novum e o Governo Federal do Peru para convergir com a normalidade de nosso comboio que momentaneamente está retido na aldeia indígena. Estamos empenhados para termos um desfecho célere para o impasse junto aos povos indígenas da região. Aproveitamos para deixar claro que a Cidade Transportes não tem medido esforços para a solução do conflito em pauta e não deixaremos nenhum dos nossos funcionários que transportam no eixo Brasil x Peru desamparados”, disse a nota.