*Da Redação Dia a Dia Notícia
Na manhã desta sexta-feira (2), professores da rede pública de ensino aprovaram a proposta de reajuste salarial de 15,19%, que de acordo com eles, foi apresentada por representantes do governo na última quarta-feira (31). A decisão ocorre um dia depois do governador Wilson Lima anunciar que vai conceder apenas 8%.
Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (1º), Wilson Lima anunciou concessão de reajuste de 8% da data-base dos 33.168 trabalhadores da rede estadual de educação do Amazonas. O valor será pago no final de junho e retroativo a março, mês da data base da categoria.
Os profissionais da educação decidiram que vão levar a pauta aprovada nesta sexta-feira (2) à audiência de conciliação convocada para a próxima segunda-feira (5) pela desembargadora Joana Meirelles. Na reunião, a magistrada pretende ouvir representantes do governo e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) para decidir sobre a legalidade da greve.
Os professores aprovaram o “estado de greve”, no qual eles retornarão às salas de aula a partir de segunda-feira, mas ficarão em alerta, podendo retomar a paralisação se for necessário. A medida é uma resposta à decisão do governo de contratar imediatamente professores selecionados através de Processo Seletivo Simplificado (PSS) para substituir os temporários em greve.
Reajuste
A decisão do governador anunciada na quinta-feira é de reajuste de apenas 8%, com pagamento retroativo a março deste ano. Ele também garantiu outros benefícios, como o aumento de 18,42% do valor do auxílio-transporte, saindo de R$ 167,20 para R$ 198, e duas mil progressões verticais para professores e pedagogos da rede estadual de ensino.
A partir do reajuste da data-base anunciado por Wilson Lima, o piso salarial pago aos professores da rede estadual do Amazonas chegará a R$ 5.129,16, valor 16,03% acima do piso salarial nacional, tornando a remuneração da rede estadual a 9º maior entre os demais estados e o Distrito Federal.
Com a efetivação do reajuste da data-base, o Governo do Amazonas reafirma o interesse em construir soluções para garantir o cumprimento de direitos dos trabalhadores e a valorização da categoria, em especial dos cerca de 60% dos profissionais que seguem em sala de aula e que não aderiram à paralisação, considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).