*Da Redação Dia a Dia Notícia
Em 2023, o Amazonas já registrou 119 casos de Zika Vírus e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP) alerta gestores públicos e profissionais de saúde sobre os riscos em gestantes no estado.
O vírus causa anormalidades em fetos e recém-nascidos, incluindo as malformações congênitas, como a microcefalia. Dos casos confirmados em 2023 no estado, 19 tratam-se de grávidas.
A principal forma de transmissão do vírus Zika aos humanos é pela picada de mosquitos vetores infectados da espécie Aedes aegypti. Segundo a FVS-AM o mosquito “apresenta-se amplamente disperso por todo o território do Amazonas, tornando-se possível a ocorrência de novos casos, surtos e epidemia da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ)”.
“Nesse contexto, a manutenção da vigilância da circulação do vírus, assim como da SCZ é importante para o monitoramento da ocorrência e da distribuição da doença”, informou a fundação.
De acordo com um alerta de risco da FVS, os casos confirmados de Zika Vírus no Amazonas estão distribuídos em sete municípios, sendo que os casos em gestantes estão em apenas três. A FVS-AM não informou quais são as cidades.
O comunicado busca sensibilizar profissionais para suspeita de casos em gestantes, principalmente em municípios que não houve nenhuma amostra, além de intensificar a vigilância dos casos naqueles que tem circulação do vírus.
“A febre do vírus Zika é uma doença emergente no Brasil com ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas, a Secretaria de Vigilância em Saúde Ambiental (SVSA) preconiza às Secretarias Estaduais e Municipais a notificação compulsória de todos os casos suspeitos”, diz trecho do alerta de risco da fundação.
Até o momento não há tratamento antiviral específico para infecção pelo vírus Zika. A terapia
utilizada é analgesia e suporte.
Conforme orientação da FVS-AM, gestante com relato ou com sinais de infecção exantemática, rash cutâneo ou febre sem causa aparente deve procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) ou USF (Unidade de Saúde da Família), onde faz o pré-natal.
A fundação orienta as secretarias municipais de Saúde a fortalecer as ações integradas com as equipes da atenção à saúde e com as equipes de outras vigilâncias, a exemplo das arboviroses e da rede laboratorial, a fim de melhorar a captação, a investigação, o monitoramento e a classificação final dos casos suspeitos notificados, bem como o controle vetorial.
As prefeituras também deverão monitorar a ocorrência de casos de síndrome congênita relacionada a infecção por Zika Vírus, por meio da busca ativa de dados relevantes sobre as crianças atendidas nos serviços de atenção à saúde, nos sistemas de informações oficiais e também com as famílias das crianças acometidas.
As secretarias devem, ainda, realizar busca ativa imediata com retirada de criadouros (iniciada em no máximo 48 horas após conhecimento do caso).