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Lula assina decreto que impulsiona Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA)

Montagem: Marcus / Dia a Dia Notícia

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinará um decreto que altera a gestão do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) que deixa de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passa a ser gerido por uma organização social nesta quarta-feira (3/5), no Palácio do Planalto. Ação visa dar impulso à criação de novos negócios baseados nos recursos naturais da Amazônia.

De acordo com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin, o projeto tem grande potencial de alavancar o desenvolvimento local e regional, com reflexos na economia nacional.

“O CBA será um vetor de atração de investimentos para o Brasil, e trará desenvolvimento de maneira sustentável, tanto ecológica quanto financeiramente. Um projeto de Estado com visão de longo prazo”

De acordo com o Governo Federal, a partir de agora, o CBA, é rebatizado de Centro de Bionegócios da Amazônia, e passa a ter personalidade jurídica própria, além de ter mais autonomia para captar recursos públicos e privados e ampliar suas atividades.

O decreto a ser assinado pelo presidente qualifica como organização social a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), selecionada a partir de uma concorrência pública para gerir o Centro.

Após a publicação do decreto, a FUEA assinará contrato de gestão com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que transferirá a gestão do CBA para a OS recém-habilitada. A FUEA atuará na gestão do Centro em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Bioeconomia

Conforme Alckmin, a ampliação da atuação do CBA resultará em investimentos, produtos, empregos, renda e desenvolvimento local e regional.  Os recursos públicos previstos para os próximos quatro anos chegam a R$ 47,6 milhões. Porém, agora será possível também acessar recursos disponíveis na iniciativa privada para pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“O CBA será um vetor de atração de investimentos para o Brasil, e trará desenvolvimento de maneira sustentável, tanto ecológica quanto financeiramente. Um projeto de Estado com visão de longo prazo”, afirmou o vice-presidente.

O CBA passará a ter um núcleo de negócios com atuação em duas frentes:

  1. Buscar por pesquisas, para além de seus próprios laboratórios, que resultem em produtos de “prateleira” que integrem o portfólio do Centro, e que serão oferecidos a potenciais investidores;
  2. A partir de parcerias com a iniciativa privada, garantir fornecimento de matéria-prima com regularidade a preços competitivos, dando condições mínimas para que a indústria se estabeleça e haja sustentabilidade no trabalho das comunidades diretamente envolvidas, como ribeirinhos e povos originários.

Ainda conforme o gestor, na prática, a iniciativa permite ao CBA multiplicar seu orçamento e desenvolver, além de pesquisas, novos negócios com recursos naturais da Amazônia. “Não há bioeconomia sem pesquisa aplicada. A bioeconomia impulsionada pelo CBA poderá ampliar o mix da Zona Franca de Manaus e garantir a sustentabilidade do modelo”, avaliou Alckmin.

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