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Caso Filó: ‘Uma série de animais foram explorados de forma ilegal para likes na internet’, diz analista ambiental do Ibama

Fotos: Reprodução

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

O analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) Roberto Cabral afirmou que a capivara Filó foi explorada pelo influencer Agenor Tupinambá para ganhar curtidas nas redes sociais. “Se trata de outra capivara que teria morrido, de duas preguiças, sendo que uma delas morreu; de duas jiboias; de uma paca; de uma arara; dois papagaios; uma coruja; uma aranha. Uma série de animais que foram explorados de forma ilegal”, disse o agente.

De acordo com Cabral, a decisão do juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante, que concede a tutela provisória do roedor no Amazonas, prejudica a reintegração do animal ao seu habitat natural. Além disso, ele alegou que o Ibama vai permanecer com o foco de reintrodução da capivara à floresta.

“A decisão judicial prejudica e muito a reintrodução desse animal. Melhor destino para capivara não é ficar em uma casa mesmo que seja um flutuante; lembrando que a área (é) desmatada e não existem capivara ali naquele local. Melhor para ela é ser realmente livre junto com outros da sua espécie. O Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) é o início desse processo; nós lutaremos para que o melhor destino dela seja cumprido e o melhor destino dela é ser livre, mas realmente livre realmente na mata e com outros de sua espécie”, contou em vídeo nas redes sociais do jornalista André Trigueiro, da Globo News.

Ainda conforme o analista ambiental, a questão não envolve somente o caso de Filó. Outros animais estariam sob a tutela do jovem no município de Autazes, no interior do Estado.

“A primeira questão é que não se trata apenas de uma capivara; a discussão sobre isso. Se trata de uma capivara, se trata de outra capivara que teria morrido, de duas preguiças, sendo que uma delas morreu; de duas jiboias; de uma paca; de uma arara; dois papagaios; uma coruja; uma aranha… Ou seja, uma série de animais que foram explorados de forma ilegal para se conseguir likes na internet. Isso é proibido no Brasil, tanto o cativeiro quanto a exploração desses animais, principalmente porque eles não têm origem legal”, declarou Roberto.

Somando a isso, Cabral classificou Agenor como influencer e alegou que o mesmo não é leigo diante da lei, já que o homem é estudante de uma faculdade de Manaus.

“Além disso, nós temos o seguinte: se trata de um influencer e não de um ribeirinho. Ele não é um ribeirinho, ele é um fazendeiro, é um peão boiadeiro. Não é uma pessoa hipossuficiente. É um influencer com milhares de seguidores, inclusive, com assessoria, assessoria de marketing e assessoria, agora, assessoria jurídica também”, disse.

Decisão Judicial

O juiz da Justiça Federal do Amazonas Márcio André Lopes Cavalcante determinou que o animal silvestre voltasse para os cuidados de Agenor Tupinambá, na fazenda do influencer. A capivara tinha sido entregue ao Cetas na última quinta-feira (27) pelo próprio Agenor, que chegou a ser multado em R$ 17 mil por maus-tratos e outras infrações.

Confira o vídeo

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