*Da Redação Dia a Dia Notícia
A jornalista Elane Hazin denunciou, na madrugada deste sábado (29) nas redes sociais, um caso de racismo que teria presenciado na noite dessa sexta-feira (28) no voo 1575 da Gol, que seguia de Salvador para São Paulo. Segundo ela, após uma hora de atraso para o embarque, uma mulher de prenome Samantha, não conseguia um lugar para guardar sua mochila com o computador e foi completamente ignorada pela tripulação. Sem querer despachar a mochila, Samantha chegou a ser acusada por parte da tripulação de ser “a razão do atraso”. As informações são do site Metro 1.
Diante da situação, os próprios passageiros conseguiram um lugar para a mochila de Samantha, mas nem mesmo assim o voo decolou. Após mais de uma hora de atraso, sem qualquer satisfação da companhia aérea, os passageiros foram surpreendidos com a presença de agentes da Polícia Federal.
“Eis que três homens da Polícia Federal entram de forma extremamente truculenta no avião para levar a “ameaça” do voo embora – a Samantha. Ela se defende mas não reage, alguns pedem pra ela não ir [na maioria mulheres], eu me desespero, todas com muito medo, apreensão e os policiais ameaçam algema-la”, relata a jornalista.
Ainda segundo Elane Hazin, os agentes não informaram a razão de levá-la presa, só disseram que foi uma ordem do comandante. “Samantha era uma ameaça por ser uma mulher, ser preta, ter voz. Ela foi levada pela Polícia, eu quase fui levada junto por defendê-la, me agrediram, me ameaçaram. A mãe de Samantha chorava desesperada ao telefone por não saber o destino de sua filha. Eu chorava também. Outras mulheres e homens se desesperavam”.
A jornalista finaliza a postagem afirmando que conseguiu dois advogados para acompanhar o caso e alegando que lutará para que os envolvidos sejam responsabilizados. “Graças ao meu amigo Manoel Soares, a Samantha não ficou só e teve o apoio de dois advogados. Mas esta história não termina aqui, queremos justiça e respeito para todos, queremos que a Gol, este comandante e a tripulação [especialmente um homem chamado Erick] paguem por este crime e os policiais também respondam por tamanha violência”.
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