*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do deputado federal eleito pelo estado do Amazonas Adail Filho (Republicanos), da deputada estadual reeleita Mayara Pinheiro (Republicanos) e do deputado estadual eleito Thiago Abrahim (União) por infração à Lei Eleitoral durante o pleito deste ano.
O MPE apresentou uma representação eleitoral por arrecadação e gastos ilícitos e de recurso contra Adail e Mayara; uma representação eleitoral por condutas vedadas contra Adail, Mayara, Thiago e sete funcionários públicos; e uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral por abuso de poder econômico contra Adail.
A representação eleitoral foi realizada às vésperas da diplomação dos candidatos eleitos, pelo procurador da República no Amazonas, Edmilson Barreiros.
O órgão acusa os três políticos e aliados de usarem bens das prefeituras dos municípios de Tefé, Itacoatiara e Coari para impulsionar suas candidaturas no interior do estado antes e durante o período permitido. Também foi feito um pedido para a quebra de sigilo bancário de Mayara e Adail.
Segundo o procurador, Adail e Mayara fizeram o uso de um avião alugado pela Prefeitura de Coari para fazer viagens pelo interior do Amazonas.
“Há vasta documentação comprovando que os requeridos, em especial Adail e Mayara Pinheiro, utilizaram-se da aeronave PX-CTX, que deveria estar a serviço da Prefeitura de Coari […] para fins eleitoreiros. […] Note-se que, dos requeridos da presente ação, Adail e Mayara foram os mais frequentemente beneficiados”, diz o procurador.
Além de viagens de avião, Edmilson Barreiros aponta em outro trecho da representação que Adail, Mayara e Thiago foram beneficiados em ações promovidas pela Prefeitura de Itacoatiara.
“Em Itacoatiara, mês de abril de 2022, na Colônia de Pescadores, Adail Filho e Thiago Abrahim, com a presença do prefeito de Itacoatiara, distribuem bens e materiais, a exemplo de malhadeiras, isopor, motor rabeta, em troca de apoio político ao projeto político de Thiago Abrahim e Adail Filho”.
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) aprovou as contas de Abrahim, porém com ressalvas e aplicou uma multa. O político terá que pagar o valor de R$ 5 mil ao Tesouro Nacional devido a irregularidades identificadas em sua prestação de contas da campanha eleitoral.