*Da Redação Dia a Dia Notícia
Na manhã desta quarta-feira (30), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) realizaram uma operação para combater um suposto desvio de recursos públicos destinados à compra de medicamentos a indígenas yanomamis.
As supostas fraudes resultaram na retenção de medicamentos, em especial vermífugos, o que deixou 10.193 crianças desassistidas, de acordo com nota divulgada pela PF. O resultado foi um “aumento de infecções e manifestações de formas graves da doença, com crianças expelindo vermes pela boca”.
Os crimes investigados envolvem o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, uma unidade do Ministério da Saúde.
Os DSEIs são estruturas que atuam na ponta, em atendimento aos indígenas, com recursos públicos federais voltados à saúde indígena.
Em Roraima, a Justiça Federal autorizou o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos de participação na fraude.
De acordo com a PF, primeiro houve um inquérito civil instaurado pelo MPF para investigar a falta de medicamentos para verminoses e malária na Terra Indígena Yanomami, revelada em reportagens na imprensa.
Na operação nesta quarta, são investigadas fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.
Desde o mês de junho deste ano o Ministério da Saúde deixou faltar cloroquina para o tratamento de indígenas com malária na Amazônia, mesmo com fornecimento sendo apontado como regular pela principal produtora do remédio para a pasta, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).