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Roberto Jefferson troca tiros com a Polícia Federal e baleia agente que iria prendê-lo

Foto: Reprodução/Twitter
*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) trocou tiros com agentes da Polícia Federal que cumpriam um mandado de prisão contra ele. O caso ocorreu neste domingo (23/10) na casa do político, no município de Levy Gasparian (RJ). Um policial foi atingido por tiros de Jeffersson, mas ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos. A prisão ocorre pouco tempo depois de “Bob Jeff”, como é conhecido, atacar a ministra Cármem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, a quem chamou de “vagabunda”. Jefferson está em prisão domiciliar, mas juristas pediram sua volta ao presídio após os ataques à ministra.

Em vídeos divulgados nas redes sociais, Jefferson aparece utilizando as câmeras de segurança de sua casa para monitorar a movimentação dos três policiais federais escalados para prendê-lo. O ex-deputado afirma que não iria se entregar e resolveu abrir fogo contra o carro da PF, que teve o parabrisas estilhaçado.

No vídeo, Roberto também ataca o ministro do STF Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas redes sociais, bolsonaristas prestaram apoio à Roberto Jefferson, alegando que ele é vítima de censura por crime de opinião, dentre eles o pastor Silas Malafaia e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).

Roberto Jefferson foi condenado no processo que ficou conhecido como Mensalão, no ano de 2012. Recém-convertido ao bolsonarismo, Roberto Jefferson chegou a ser preso no inquérito que investiga atos antidemocráticos.

Perigo

Jornalistas e juristas alertaram nas redes sociais que o ato de Roberto Jefferson é uma incitação a ataques à democracia e às instituições. O pesquisador Conrado Hubner, da USP, afirma que “isso pode criar condições que inviabilizem eleições no domingo”.

A jornalista Vera Magalhães, vítima frequente de ataques de apoiadores de Bolsonaro, afirmou que Jefferson é “um extremista de direita, agora com ações terroristas”. Já o historiador e ex-candidato ao governo de Pernambuco Jones Manoel (PCB), pediu que o vídeo do ex-deputado não fosse compartilhado, por considerar que seria um “apito de cachorro para a base bolsonarista sair praticando barbaridades na rua”. O termo “apito de cachorro” se refere a uma linguagem em código que parece significar uma coisa para a população em geral, mas possui outro significado mais específico para um determinado público alvo.

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