*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
A pouco mais de duas semanas do segundo turno, o diretório amazonense do Partido Socialismo e Liberdade (PSol) se manifestou pelo apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais. A legenda de esquerda também orientou voto contra o governador Wilson Lima (União), candidato à reeleição, mas não declarou apoio ao nome do senador Eduardo Braga (MDB), preferindo liberar sua militância no segundo turno da eleição estadual.
Por meio de um documento intitulado “PSOL COM LULA E FORA WILSON LIMA”, o partido afirma que o pleito de 2022 é “um grande passo para a defesa da democracia brasileira, pois
encerra 4 anos da gestão desastrosa e genocida de Jair Bolsonaro, devolvendo-o ao lugar ao qual nunca deveria ter saído, o lixo da história”.
O partido ressaltou a decisão da Executiva Nacional do PSol de não lançar um candidato próprio à presidência da República, preferindo apoiar Lula ainda no primeiro turno. A legenda destaca ainda que, apesar da diferença de votos entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno, “a luta continua” contra as “fake news e outras armas de comunicação neofascista”.
“[…] assim continuaremos, em diálogo com as bases e com o povo amazonense para elegermos Lula e iniciar a queda do neofascismo que ainda permanecerá nas instâncias institucionais através da maior bancada conservadora eleita do país no ano de 2022”, diz o documento.
Wilson Lima x Eduardo Braga
No âmbito estadual, a agremiação socialista criticou duramente o governador Wilson Lima e o senador Eduardo Braga, orientando voto contrário ao candidato à reeleição, mas afirmando que não se engajará na candidatura do emedebista.
O partido chamou Braga de “figura caricata da velha política amazonense, representante das oligarquias que governam o estado há 40 anos e também já investigado por desvio de recursos públicos enquanto era governador em 2003, cargo que volta a pleitear”.
“Assim, vemos um cenário que novamente não representa o povo amazonense, vemos uma disputa de grupos políticos que irão governar em ganhos próprios, um representa a oligarquia amazonense e o outro o neofascismo bolsonarista”, afirma a nota.
A nota conclui dizendo que o partido é contra a reeleição de Wilson Lima, mas que Eduardo não tem apoio da legenda e “nenhum militante ou dirigente partidário se engajará organigamente em sua campanha, entretanto, visto a conjuntura, nossos militantes estão liberados se decidirem seu voto ou não em Braga”.
No primeiro turno, a federação PSol-Rede teve como candidatos ao governo e ao Senado Federal o médico indígena Israel Tuyuka e a oficial de justiça Marília Freire, respectivamente. Confira o documento completo aqui.