Após deflagração daoperação “Sangria” da Polícia Federal, nesta terça-feira (30), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde anunciou que irá direcionar as investigações para os escândalos envolvendo o Hospital de Campanha da Nilton Lins e o projeto Anjos da Saúde do Governo do Amazonas.
O caso de superfaturamento na compra de respiradores durante a pandemia no Amazonas, que estava sendo investigado pela CPI, está sendo agora comandado pela Polícia Federal (PF), que realizou a prisão temporária de oito pessoas, nesta terça-feira.
Um dos alvos presos pela PF, Perseverando da Trindade Garcia Filho, ex-secretário executivo adjunto de Saúde, seria ouvido hoje pela CPI. Perseverando foi apontado pelo deputado Wilker Barreto como um dos principais suspeitos de comandar as fraudes durante a pandemia, assim como o ex-secretário adjunto João Paulo Marques dos Santos, atual procurador da Superintendência Estadual de Habitação, que foi ouvido pela CPI na semana passada.
Em coletiva de imprensa transmitida pelas páginas da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), os membros da comissão, presidida pelo deputado Delegado Péricles, afirmaram que não possuem a intenção de ouvir depoimento do governador Wilson Lima, também investigado pela PF.
A investigação da CPI da Saúde continuará tendo como objeto de investigação o aluguel de R$ 2,6 milhões do Hospital Nilton Lins como hospital de campanha estadual, o projeto Anjos da Saúde, orçado em R$ 6 milhões, além de contratos indenizatórios da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas.
Amanhã, os diretores do Hospital Universitário Getúlio Vargas e do Hospital Beneficente Portuguesa prestarão depoimento para a CPI. Na sexta-feira (3), a servidora do Governo do Amazonas, Carla Pollake, apontada como coordenadora do projeto Anjos da Saúde, será ouvida.