*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram as candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu vice, o general Braga Netto (PL). O ministro Alexandre de Moraes, atual presidente da corte, seguiu o parecer do Ministério Público Eleitoral, que não viu condições que tornassem o candidato à reeleição inelegível. Por outro lado, o tribunal rejeitou por unanimidade a candidatura do coach Pablo Marçal, que já havia perdido apoio de sua legenda, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros).
Durante o julgamento, Moraes reiterou que Bolsonaro não possui condenações, mesmo que responda à inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), relatados pelo próprio ministro.
“Ressalto ainda que os inquéritos em que reconhecidamente o candidato responde ou as ações populares e ações civis públicas ajuizadas em seu desfavor não limitam a condição de concorrer à reeleição, devendo ser comprovada, e isso não o foi, decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado”, disse.
A aprovação da chapa de Bolsonaro ocorre um dia antes do feriado de 7 de setembro, quando apoiadores do atual presidente organizam atos em várias cidades. O presidente deve discursar em Brasília e no Rio de Janeiro.
O TSE ainda rejeitou um pedido de impugnação da candidatura de Jair Bolsonaro, feita por um eleitor identificado como Danilo Barros Fonseca. O cidadão alegou que Bolsonaro cometeu “embaraço” às eleições com seus ataques às urnas eletrônicas. O Ministério Público Eleitoral afirmou que a ação não mostrou indícios que afetassem a elegibilidade do presidente.
Outra candidatura aprovada pela corte eleitoral foi a da senadora Soraya Thronicke (União Brasil) e de seu vice Marcos Cintra, do mesmo partido. A candidata é uma das quatro mulheres que disputam a eleição presidencial de 2022, ao lado de Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB) e Simone Tebet (MDB).
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Marçal fora
Na pauta desta terça-feira (6/9), a candidatura do coach e empresário Pablo Marçal foi rejeitada por unanimidade pelo plenário do TSE. O Pros, seu partido, já havia pedido a retirada da candidatura após mudança na direção nacional.
O antigo presidente, Eurípedes Jr., recuperou o direito ao cargo em meio à uma batalha judicial que durava desde julho. Marcus Holanda, que assumiu a presidência da legenda enquanto a decisão final não saía, lançou a candidatura de Marçal e mudou diversos apoios regionais, incluindo no Amazonas, onde o partido apoiaria Amazonino Mendes (Cidadania).
Com a volta de Eurípedes, o partido retirou a candidatura de Marçal, ingressou na coligação de Lula (PT) nacionalmente e na de Henrique Oliveira (Podemos) no estado do Amazonas, fazendo as candidaturas ganharem mais tempo de propaganda eleitoral gratuita.
Também relator do caso, Alexandre de Moraes afirmou que “deve-se prestigiar o panorama atual do Pros, presidido por Eurípedes Júnior, independente da eventual impugnação ou invalidade das atas convencionais que autorizem o ingresso do partido na coligação Brasil da Esperança”.