*Da Redação
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um procedimento preparatório para apurar denúncia de ‘rachadinha’ praticada pelo vereador de Manaus, Rosivaldo Cordovil (PSDB), envolvendo seus assessores de gabinete, especificamente na apropriação de parte dos salários.
De acordo com o Procedimento Preparatório Nº 06.2020.00000095-2, publicado no Diário Oficial do MP-AM do último dia 19, o promotor de Justiça Edgard Maia de Albuquerque Rocha, da 70ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa e Proteção do Patrimônio Público, instaurou a investigação “considerando que a Notícia de Fato n. 039.2019.000376 aponta suposto ato de improbidade administrativa praticado pelo vereador Rosivaldo Cordovil (PSDB), consistente em obrigar os assessores do seu gabinete a lhe entregar a maior parte dos seus vencimentos, contando com a participação de sua chefe de gabinete”.
A reportagem tentou falar com o vereador, mas ele não respondeu as mensagens e ligações.
O procedimento preparatório deve “identificar todos os possíveis envolvidos no suposto ato de improbidade administrativa, consistente no desvio de verbas parlamentares praticado pelo vereador, envolvendo seus assessores, especificamente na apropriação de parte dos vencimentos dos assessores do seu gabinete”.
Ainda na portaria, o promotor decreta sigilo ao procedimento preparatório, diz ser “ dispensável” sua publicação no Diário Oficial do Ministério Público e determina que sejam aguardadas as diligências que estão sendo efetuadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), “acertadas em reunião com esta Promotoria de Justiça, para melhor definição dos futuros atos a serem determinados no presente procedimento”.
‘Rachadinha’
A ‘rachadinha’ é uma divisão de proventos, de alguma vantagem financeira, por deliberação de um agente público, que pode ocorrer de diversas maneiras. Uma forma bastante comum é se aproveitar de alguém que está desesperado para conseguir um emprego e fazer com que o funcionário divida o dinheiro de sua remuneração. Essa prática se tornou conhecida no ano passado, por causa da repercussão do caso Queiroz, envolvendo a família do presidente Jair Bolsonaro.