*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (28/06) as operações Midas e Lavagem de Ouro, visando combater o comércio ilegal e crimes de lavagem de dinheiro, fruto da extração ilegal de ouro. A primeira teve como foco o estado do Tocantins, enquanto a última foi aos estados do Pará e Rondônia, na região Norte, e mais oito estados brasileiros.
Operação Midas
A operação tem como objetivo robustecer o conjunto probatório já existente, assim como combater o comércio ilegal de ouro na região de Natividade/TO, recuperar o ouro extraído ilegalmente e os valores obtidos com o crime.
Mais de 160 policiais federais deram cumprimento a 40 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Nacional, Natividade, Conceição do Tocantins (TO), Goiânia, Uruaçu (GO), São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Paulo (SP), Londrina (PR) e Caxias (RS), expedidos pela Justiça Federal de Gurupi/TO.
Conforme indicaram as investigações, pessoas residentes em outras unidades da federação compraram ouro de garimpeiros ilegais da região de Natividade, pagando valores menores que o praticado no mercado e sem a devida certificação. Os envolvidos poderão responder pelo crime de receptação e/ou comércio ilegal de ouro. O nome da operação remete ao personagem da mitologia grega que transformava tudo que tocava em ouro.
Operação Lavagem de Ouro
Feita em conjunto com a Receita Federal, a operação expediu 52 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a líderes de um grupo investigado por lavagem de dinheiro envolvendo o comércio e o garimpo ilegal.
Os policiais também buscaram pelos principais intermediários que atuam na lavagem do produto. Os mandados foram cumpridos ao longo do dia em São Paulo, Mato Grosso, Goiás, no Pará, Paraná, na Paraíba, no Rio de Janeiro, em Pernambuco, Rondônia e no Distrito Federal.
A Justiça Federal determinou o bloqueio de contas de 40 investigados, no valor de até R$ 614 milhões. Foram aprendidos, até o momento, aparelhos de telefonia móvel e computadores dos investigados, documentos relacionados ao comércio ilegal de ouro, além de ouro em diversos endereços.
Além da lavagem do ouro, a PF apura os crimes de receptação qualificada, falsidade Ideológica, redução do pagamento de tributos federais, dificultar a ação fiscalizadora ambiental do poder público, por meio da omissão no pagamento de compensação financeira pela exploração de recursos minerais, promoção de organização criminosa e usurpação de bem mineral da União.