*Audrey Bezerra – Da Redação do Dia a Dia Notícia
Fundada no ano de 1975, a Livraria Nacional, a mais antiga da capital amazonense, localizada na rua 24 de Maio, no Centro, reúne um acervo de livros históricos sobre a cidade, políticos, grandes escritores amazonenses, artistas locais, além de obras sobre a Amazônia. A livraria pertence aos irmãos José Maria Monteiro Mendes, Paulo Roberto Mendes e João Batista.
Em entrevista ao Dia a Dia, Paulo Mendes, 70 anos, disse que a livraria conta com acervo de 60 mil livros, porém o arquivo digitalizado dessas obras foram perdidos.
“A pessoa tem que vir aqui e analisar os livros. Aqui é como um supermercado (rs). Infelizmente perdemos o nosso arquivo digitalizado. Temos um acervo grande de livros antigos, obras que estão conosco desde o início das nossas atividades aqui na 24 de Maio e obras que não são mais produzidas até”, disse.
Segundo ele, grande parte desse acervo são livros de Ciências Humanas e Sociais e os mais procurados são sobre a Amazônia, meio ambiente e arquitetura.
Os clientes que buscam obras raras e de difícil localização, os irmãos fazem questão de pesquisar ou encomendar as unidades para seus leitores.
História da Livraria
Em setembro de 1972, José Maria, que já tinha experiência com as vendas de livros, pediu dispensa temporária da editora onde trabalhava na época para iniciar sua própria livraria, que começou com o nome Metro Cúbico, em referência aos três m de seu nome (Maria, Monteiro e Mendes). Posteriormente surge o nome fantasia Livraria Nacional, quando começou a representar a Companhia Editora Nacional, funcionando em um prédio alugado na rua Alexandre Amorim, n° 177, bairro Aparecida, nas proximidades da Usina Termelétrica da Amazonas Energia.
Logo depois, José Maria pede nova dispensa em 1973, e em dezembro de 1974 pede demissão. No dia 1° de janeiro de 1975 inicia suas atividades como Metro Cúbico Livros e Revistas Técnicas, oficialmente inaugurada em 17 de março daquele ano.
Ao longo de sua história a Livraria Nacional já recebeu vários prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Globo de Marketing (2009).
Naquela época, haviam em Manaus as livrarias: Acadêmica (1912-2009); a Livraria Brito, na rua Henrique Martins; a Livraria Maíra, na rua 24 de Maio; a Livraria Sete, na Avenida Sete de Setembro; e a Livraria Universitária, no Edifício Cidade de Manaus.
Em junho de 1995, ocorre um incêndio no segundo andar do prédio da livraria. Em agosto daquele mesmo ano, José Maria viajou a São Paulo para negociar as dívidas com os editores dos livros em estoque que foram destruídos.
Nesse período, o seguro estava vencido e os irmãos tiveram que assumir os prejuízos financeiros, mas conseguiram a reabertura de crédito com essas editoras, e passaram a comprar livros para o ano de 1996 e se recuperando posteriormente.
*Com informações do Jornal do Commercio.