*Da Redação Dia a Dia Notícia
Na última quinta-feira (5), a Polícia Federal prendeu Eliézio Monteiro Nerj, garimpeiro procurado pela Justiça por ter integrado um massacre contra indígenas yanomamis no ano de 1993. O episódio, que ficou conhecido como massacre do Haximu, deixou 12 indígenas mortos na serra da Parima, região de Roraima próximo à fronteira da Venezuela.
Naquele ano, a tensão entre garimpeiros e indígenas estava em alta. No mês de julho de 1993, os garimpeiros aproveitaram que os homens da aldeia Haximu haviam saído do local para participar de uma tradição e atacaram.
Os indígenas foram mortos a tiros e golpes de facão, dentre os indígenas estavam um homem adulto, mulheres, crianças e até um bebê. A prisão do garimpeiro, após quase 30 anos do ocorrido, foi fruto de uma operação da PF com a Polícia Militar do estado de Roraima. Ele foi encontrado na rodoviária de Boa Vista.
O episódio é considerado crime de genocídio pela Justiça desde o ano de 2006, quando assim decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF). Eliézio Nerj também foi condenado por contrabando e garimpo ilegal.
Ao todo, 24 garimpeiros foram acusados de ter participado do massacre. A denúncia foi feita ainda no ano de 1993, por procuradores do Ministério Público Federal em Roraima, Carlos Frederico Santos, Franklin Rodrigues da Costa e Luciano Mariz Maia.
*Com informações da Folha de S. Paulo