*Da Redação Dia a Dia Notícia
A explosão de casos de Covid-19 em Xangai também atingiu brasileiros residentes na cidade chinesa. Quatro nacionais foram diagnosticados com a doença nos últimos dias na capital financeira do país, de acordo com informações do Itamaraty. Para enfrentar o pior surto de coronavírus desde o início da pandemia, em dezembro de 2019, o governo da China impôs um rigoroso lockdown.
Os brasileiros testaram positivo para a Covid-19 em meio a quarentena. Um deles está em casa e aguarda orientações das autoridades sanitárias chinesas. Os outros três foram transferidos para unidades de isolamento.
Apenas um dos brasileiros apresenta sintomas leves. Os demais estão assintomáticos, segundo informações do Consulado-Geral do Brasil em Xangai.
Nesta sexta-feira, Xangai anunciou um recorde de 20.398 novos casos de Covid-19, sendo 824 novas infecções assintomáticas. Este foi o terceiro dia seguido de testagem em massa realizada pelos órgãos de saúde durante o lockdown.
As medidas adotadas em Xangai seguem a estratégia de eliminação do vírus adotada pelo país: rastreamento, testes em massa e isolamento de pessoas infectadas. O método deu certo e transformou a cidade em vitrine para a política de enfrentamento à Covid-19 na China.
O quadro mudou com a chegada e o avanço da Ômicron. A variante provocou uma explosão de casos da doença e colocou quase 26 milhões de pessoas em confinamento.
A princípio, o plano do governo chinês era realizar a quarentena em duas fases, que deveriam ter terminado na terça-feira. Mas as medidas restritivas foram estendidas uma vez que o número de casos não diminuiu.
Na medida em que a situação persiste, as autoridades locais têm lidado com a crescente insatisfação da população. Moradores têm usado o Weibo, uma rede social da China, para reclamar da falta de comida, de medidas de bloqueio e da decisão do governo de separar crianças que testaram positivo para Covid-18 de suas famílias.
— Não importa onde você mora, se você tem dinheiro ou não, você tem que se preocupar com o que você pode comer e como você pode comprar as coisas — escreveu um morador, segundo o The Guardian.
Também há temor relativo ao impacto econômico do lockdown. O economista-chefe do ING para a Grande China, Iris Pang, afirmou à Reuters que se o bloqueio de Xangai continuar ao longo de abril, a cidade sofrerá uma perda de 6% no PIB, o que equivale a uma perda de 2% do PIB para a China como um todo.
*Com informações do O Globo