*Da Redação Dia a Dia Notícia
O reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras nos últimos dias provocou uma reação em cadeia no bolso do consumidor da região norte do Brasil. Após um aumento estrondoso nos postos de gasolina e nos alimentos, a conta de energia elétrica pode ser a próxima a crescer.
Resultado da crise nos reservatórios em 2021, que também deu ao povo brasileiro a bandeira de escassez hídrica, o uso das usinas termelétricas para gerar energia pode encarecer ainda mais a fatura no final do mês. As usinas térmicas usam a queima de combustível fóssil para gerar energia, principalmente o óleo diesel, impactado pelos aumentos nas distribuidoras.
Naturalmente mais cara que outras fontes de geração de energia como usinas hidrelétricas ou parques eólicos, o custo do acionamento das termelétricas é sempre repassado ao consumidor, situação que tende a piorar com a subida dos combustíveis, os quais tem seus valores atrelados ao barril de petróleo, em dólar. O preço do barril teve um aumento exponencial nas últimas semanas após o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Conforme apurou o jornal Estadão, as principais distribuidoras da região norte procuraram a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para tratar de um possível reajuste na conta de energia elétrica. Concessionária no estado, a Amazonas Energia afirmou que “os limites de preço para os insumos de geração dos sistemas isolados são definidos pela regulamentação” do setor.
A situação piora em Boa Vista, capital de Roraima, que não é conectada ao sistema elétrico nacional. A cidade depende de maneira completa das usinas termelétricas movidas a óleo diesel. Distribuidora da região, a Roraima Energia afirmou que o futuro reajuste é “reflexo imediado da alta do diesel”.