*Da Redação Dia a Dia Notícia
A cobrança da taxa de esgoto foi novamente tema de debate na Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta terça-feira (15/3). O tema foi levado à tribuna pelo vereador Caio André (PSC), que pediu a realização de uma audiência pública para discutir o assunto com a presença da empresa Águas de Manaus, da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) e de entidades envolvidas no assunto.
O parlamentar criticou o serviço de ligação das residências da região Centro-Oeste junto ao sistema de esgoto, que segundo ele, nem existe.
“Não tem tratamento de esgoto naquela região, a única que tem fica no conjunto Tocantins, e esta estação não suporta nem um metro cúbico a mais de esgoto, e nós sabemos que a cidade não possui esse serviço. Não admitimos que isso continue acontecendo e peço que a Comissão de Água desta Casa, faça uma audiência para encontrarmos soluções para este caso”, declarou Caio.
A realização da audiência pública foi apoiada pelos vereadores Kennedy Marques (PMN), William Alemão (Cidadania) e Elissandro Bessa (Solidariedade). Kennedy criticou a cobrança de “100% do consumidor, sendo que eles só ofertam 19% do esgoto, ou seja, tem que cobrar apenas aquilo que está sendo ofertado e onde está sendo ofertado”.
Alemão afirmou que a Águas de Manaus precisa esclarecer o nível da cobrança e ressaltou que a situação de desemprego “por conta da Covid-19” provoca a necessidade de revisão da taxa. Elissandro Bessa foi mais além e classificou a taxa como uma vergonha pois, segundo ele, a maioria do sistema de esgoto de Manaus foi feita com recursos públicos.
“Estamos pagando duas vezes, isso é um absurdo, e o que mais me deixa preocupado é que apenas essa Casa Legislativa fala uma coisa, todos os outros estão calados. As outras cidades do Norte pagam valores correspondentes, só aqui que se paga esse valor”, disse.
O presidente da Comissão de Água e Saneamento, Eduardo Alfaia (PMN), aprovou a ideia de uma audiência pública para debater o assunto amplamente.