*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Palácio do Planalto vetou a emissão de um alerta a brasileiros para que deixassem a Ucrânia, mesmo na iminência da invasão do país pela Rússia. A recomendação de um alerta havia sido feita pelo setor consular, responsável por dar assistência a cidadãos brasileiros no exterior, após uma análise da área técnica do Ministério das Relações Exteriores. O motivo do veto seria para não afetar negativamente a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Moscou, onde ele se encontrou com Vladmir Putin.
Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, fontes relataram que não houve uma justificativa formal para o veto, mas o palácio do Itamaraty entendeu que o alerta poderia prejudicar a visita oficial de Bolsonaro à Rússia. Em meados de fevereiro, o embaixador brasileiro na Ucrânia, Norton Rapesta, declarou à imprensa que a situação no país era de normalidade, mesmo após várias nações pedirem para seus cidadãos retornarem, em vista da escalada de tensão entre os Estados Unidos e a Rússia.
Três dias depois da declaração do embaixador, Bolsonaro se reuniu com Putin e prestou solidariedade aos russos, ato que foi muito malvisto pela diplomacia de países do Ocidente. Na semana seguinte, a Rússia inciou uma operação militar na Ucrânia e somente então os canais de comunicação do Ministério das Relações Exteriores emitiu um alerta pedindo para os brasileiros deixarem o território por meios próprios.
Mesmo após uma semana de ataques, Bolsonaro afirma que a posição do Brasil é de “neutralidade” e que “é um exagero” dizer que Vladmir Putin está promovendo um massacre.
*com informações de Malu Gaspar em O Globo