*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O dia 24 de fevereiro de 1932 marca um dos maiores avanços da política brasileira. A data celebra o primeiro Código Eleitoral (Decreto nº 21.076), o qual garante oficialmente às mulheres acima de 21 anos os direitos de votar e serem votadas o Brasil.
O Nordeste teve um papel fundamental durante esse período, foi lá que teve a primeira eleitora brasileira, a professora Celina Guimarães que votou em 1927, e a primeira política eleita, a prefeita de Lajes, Alzira Soriano, em 1929, que são naturais do Rio Grande do Norte.
Vale relembrar que Celina e Alzira puderam entrar para a história graças a Lei Estadual nº 660, de 25 de outubro de 1927, o qual garantia que o Estado fosse o primeiro a estabelecer a não distinção de sexo para o voto. Com isso, elas ganharam destaque na mídia nacional, e mesmo 90 anos depois, as mulheres na política brasileira ainda tentam ganhar espaço na mídia.
Liderança brasileira
Segundo dados do Inter-Parliamentary Union, organização que reúne os parlamentos dos países ligados à Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil está na 142ª posição no ranking de participação de mulheres no congresso nacional. De todas as Américas (38 países e 18 dependências), o Brasil supera apenas o Paraguai (144ª), Bahamas (151ª) e Belize (154ª).
“Se toda uma área está evoluindo para um mesmo caminho, podemos dizer, com clareza, que há uma sensibilidade e compreensão de um problema. Mais mulheres em espaços de poder significa mais democracia, mais democracia significa mais justiça social”, afirma Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade Federal de Minas Gerais ao site CNN Brasil.