O ataque da Rússia contra a Ucrânia, iniciado na madrugada desta quinta-feira (24/02), gerou reação entre os candidatos à presidência da República nas eleições deste ano. Lula, Ciro Gomes, Sergio Moro e João Doria, os principais candidatos fora o presidente Jair Bolsonaro (PL), usaram as redes sociais para manifestarem seus posicionamentos. O atual presidente, contudo, ainda não se posicionou.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, afirmou que “ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra outro.”
A humanidade não precisa de guerra, precisa de emprego, de educação. Por isso que eu fico triste de estar aqui falando de guerra e não de paz, de amor, de desenvolvimento.
— Lula (@LulaOficial) February 24, 2022
Já o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse que precisamos nos preparar para “os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia” e aproveitou para criticar a política econômica usada atualmente pela Petrobras, que atrela o valor do combustível no Brasil ao preço do barril de petróleo no exterior. A política de paridade de preço foi instituída no governo de Michel Temer (MDB) e foi mantida pelo governo Bolsonaro.
No mundo atual não existe mais guerra distante e de consequências limitadas. Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um
governo frágil, despreparado e perdido.— Ciro Gomes (@cirogomes) February 24, 2022
Para ficar em um só aspecto preocupante, basta lembrar que o barril do petróleo já passou dos 100 dólares o que vai nos atingir em cheio por termos uma política absurda de preços rigidamente atrelada ao mercado internacional.
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 24, 2022
A sociedade e outros poderes precisam estar alertas para fiscalizar um executivo com políticas interna e externa cheias de equívocos e desvarios. O desequilíbrio na ordem internacional pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia, em especial neste Brasil hoje tão vulnerável.
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 24, 2022
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) também condenou os ataques russos, dizendo que “a paz sempre deve prevalecer”.
Repudio a guerra e a violação da soberania da Ucrânia. A paz sempre deve prevalecer.
— Sergio Moro (@SF_Moro) February 24, 2022
João Doria (PSDB) também chamou a invasão de “condenável” e afirmou que “ninguém ganha quando a violência substitui o diálogo”.
Condenável a invasão da Ucrânia pela Rússia. Guerra nunca é resposta a nada. Ninguém ganha quando a violência substitui o diálogo. Muitos acabam pagando pelas decisões de poucos. O que está em jogo são milhões de vidas humanas. Mais do que nunca o mundo precisa de paz.
— João Doria (@jdoriajr) February 24, 2022
O presidente Jair Bolsonaro, até o momento da publicação desta matéria, não se posicionou pessoalmente sobre os ataques de Vladmir Putin, a quem disse ser solidário durante sua última viagem. Nesta manhã, durante conversa com apoiadores no chamado “cercadinho”, Bolsonaro preferiu falar sobre o jogo do Palmeiras que não pode acompanhar. No final da manhã, o presidente participou de uma motociata em São José do Rio Preto (SP) para promover o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, seu candidato ao governo de São Paulo.