Com a popularidade em baixa devido à inflação e a má gestão durante a pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ganhar mais um problema para lidar durante sua campanha à reeleição este ano.
A crescente tensão entre Rússia e Ucrânia, com uma possível invasão por parte do país liderado por Vladmir Putin, fez com que o preço do petróleo tivesse um certo aumento. Se a invasão se concretizar e a Rússia diminuir sua exportação de combustíveis aos seus consumidores, como o Brasil, o valor do barril de petróleo poderá chegar a 100 dólares.
Isso impactaria diretamente nas bombas dos postos de combustível, fazendo a gasolina chegar em até R$ 10 o litro. Desde a mudança na política de preços da Petrobras, implementada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), o preço do combustível no Brasil está atrelado ao valor do barril de petróleo no exterior, em dólar. Dessa forma, qualquer medida que o governo tente implementar, como a PEC dos Combustíveis que tramita no Congresso, seria nula e afetaria ainda mais a popularidade de Bolsonaro.
Apesar dos temores, fontes do governo federal avaliaram que o Brasil não deve ter problemas de suprimento. Segundo informaram ao portal Metrópoles, “se houver uma guerra como essa, os mercados serão bastante afetados. Por outro lado, os EUA estão a ponto de fechar um acordo com o Irã. Se isso acontecer, o mercado será inundado com petróleo iraniano”.