O primeiro-ministro do Peru, Héctor Valer, entregou sua renúnica ao presidente Pedro Castillo apenas três dias depois do mandatário renovar sua equipe de governo. O recém-empossado premier peruano deixa o cargo sob diversas acusações de violência doméstica contra a falecida esposa, Ana María Montoya, e a filha, Catherine Valer. Apesar de negar as alegações, Valer deixou o governo.
“Aceito a derrota, metralhado por jornais do Peru que pertencem a um grupo ligado à extrema-direita do Peru que construiu uma imagem de agressor e violento”, afirmou Valer a um grupo de jornalistas.
As supostas agressões teriam acontecido em 2016, segundo relatórios policiais publicados pela imprensa. De acordo com uma decisão judicial divulgada no jornal El Comercio, a justiça peruana emitiu medidas protetivas para Ana María e Catherine em 2017 contra Héctor Valer.
O Peru vive uma instabilidade política alta desde a eleição de Pedro Castillo. O gabinete chefiado por Héctor Valer era o terceiro em pouco mais de seis meses. A saída de Valer foi pedida pela oposição, por movimentos sociais e até membros do próprio partido, o Renovação Popular.
*com informações de Reuters e Gazeta do Povo