Apesar da crise econômica, com a retomada da indústria e do comércio, a previsão do Ministério da Economia é que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,1% em 2022. Além disso, com base no Mapa do Trabalho Industrial, até 2023, o Amazonas precisará de 142 mil trabalhadores qualificados para ocupar postos no setor. Com a expectativa de um mercado aquecido, quem deseja uma profissão precisa estar bem preparado. E para ajudar na escolha do caminho certo, listamos os cinco cursos técnicos mais promissores para 2022, em especial no Amazonas.
“Todos os cursos técnicos estão sendo de grande relevância para os segmentos. Nesse período de pós-confinamento da pandemia, o mercado voltou a ficar aquecido e agora está solicitando profissionais para todas as áreas”, comenta Rachel Affonso, coordenadora do Centec Integrador, a agência de estágios do Centro de Ensino Técnico (Centec) em Manaus.
Ranking
Com base nas demandas do mercado amazonense para o Centec Integrador, um dos cursos profissionais mais requisitados é o de técnico em Administração. É considerado um trabalho transversal, já que pode atuar em diversos setores, desde a indústria ao comércio. A formação dura 12 meses e resulta em salário médio de R$1,6 mil para exercer atividades em áreas como recursos humanos, materiais e financeiros.
Outro profissional muito buscado por empresas é o técnico em Segurança no Trabalho. Esse especialista é fundamental para atuar em ações de prevenção em processos de produção, ou para avaliar possíveis riscos em trabalhos. Com tamanha importância, está entre os mais solicitados. O curso na área dura 18 meses e a média salarial está em R$2,4 mil.
Para quem tem aptidão física, vale também cogitar a possibilidade de um curso de 18 meses para técnico em Eletroeletrônica. No Centec Integrador, esse foi um dos profissionais mais requisitados em 2021 e a demanda deve seguir alta em 2022. Quem atua nessa área fica responsável por projetar, instalar, operar e manter o bom funcionamento de sistemas elétricos, industriais, prediais ou residenciais. O salário médio é de R$2,6 mil.
Os últimos dois cursos mais promissores para 2022 são ligados à saúde, área que ganhou uma importância ainda maior nos últimos anos, em decorrência da pandemia de covid-19. Como mais requisitados para o setor estão o técnico em Enfermagem e o de auxiliar em Saúde Bucal.
Com duração de 20 meses, o primeiro curso é essencial em clínicas e hospitais, por ser responsável pela promoção, prevenção e recuperação da saúde de pacientes em atendimento. Tem um aspecto muito humano que diz respeito ao cuidar do outro, em especial por realizar banhos de leito, verificação de sinais vitais, nebulizações, entre outros procedimentos. A média salarial é R$1,8 mil, mas o Senado Federal aprovou, em novembro passado, um piso de R$3,3 mil para esses técnicos. A proposta agora será votada na Câmara.
Já o curso de auxiliar em Saúde Bucal, que não é uma formação técnica, também merece destaque no ranking. Segundo a agência Centec Integrador, a previsão para a área é de alta demanda em 2022. Quem escolhe essa profissão executa atividades de higiene bucal, prepara pacientes para atendimento e realiza outros procedimentos de auxílio ao dentista. O curso tem seis meses de duração e resulta em média salarial de R$1,6 mil.
Habilidades transversais
Para quem procura uma profissão, é importante saber que além das habilidades técnicas, o mercado tem solicitado outras competências muito mais ligadas ao comportamento do profissional. É o que explica Eliana Cássia de Souza, diretora técnica pedagógica do Centec.
“Nosso maior objetivo é a empregabilidade dos nossos alunos e isso só é possível quando eles possuem as habilidades e competências requisitadas pelo mercado. Hoje, os setores dão muita importância para a formação técnica (hard skills), mas sempre aliada às habilidades comportamentais (soft skills)”, destaca a professora.
Não à toa, todos os cursos citados no ranking têm no seu módulo básico o ensino sobre ética profissional, a humanização em atendimentos, psicologia e competências para trabalho. Afinal, a habilidade precisa sempre estar aliada ao comportamento.