O grupo de especialistas criado para assessorar o Ministério da Saúde no combate ao coronavírus divulgou nota nesta sexta-feira (24) em que diz que a variante ômicron amplia o risco de infecção de crianças e defende a vacinação urgente desse público.
“A chegada de uma nova variante como a Ômicron, com maior transmissibilidade, faz das crianças (ainda não vacinadas) um grupo com maior risco de infecção, conforme vem sendo observado em outros países onde houve transmissão comunitária desta variante. Neste contexto epidemiológico, torna-se oportuno e urgente ampliarmos o benefício da vacinação a este grupo etário”, diz a nota da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI-COVID).
O documento é assinado por entidades como o Conselho Federal de Enfermagem, as sociedades brasileiras de Imunizações, Infectologia, Pediatria e Reumatologia, os conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde e especialistas do Instituto Butantan, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do próprio Ministério da Saúde.
Na quinta-feira (23), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “os óbitos de crianças estão dentro de uma patamar que não implica em decisões emergenciais”.
Queiroga ainda condicionou o início da vacinação de crianças a uma consulta pública, que vai até 2 de janeiro, e a uma audiência pública, prevista para o dia 4 de janeiro. Além disso, o ministro defende que sejam exigidas receita médica e autorização dos pais – o que é alvo de críticas de especialistas.