O chefe-executivo da rede Cinemark nos Estados Unidos, Mark Zoradi, afirmou que os cinemas não voltarão a operar em seu “ritmo normal” de arrecadação antes de 2022. A companhia verificou um prejuízo milionário em relatório sobre o primeiro trimestre deste ano.
Com planejamento para voltar às atividades de forma gradual a partir de 19 de junho no exterior, o Cinemark registrou uma perda de 59, 6 milhões de dólares, US$ 0,51 por ação, em comparação com o lucro de 32, 7 milhões de dólares do período anterior. A receita da empresa caiu 24% de 714, 7 milhões para 543, 6 milhões.
De acordo com Zoradi, mesmo que os cinemas reabram nos próximos meses com a amenização da crise do novo coronavírus, será difícil atrair o público de volta às salas no mesmo volume que se via antes. Parte do problema é a escassez de novas produções.
“Os estúdios tiveram que se adaptar, e mudar datas de lançamento. Não tem a ver especificamente com a distribuição, e sim com a produção”, disse. “Devemos ter uma boa recuperação no ano que vem, mas ainda não será um retorno ao normal”.
Responsabilidade
Zoradi disse que estúdios não devem se preocupar com resultados de bilheteria de filmes como “Mulan” e “Tenet”, que estão marcados para estreias em julho. “A responsabilidade de criar um ambiente seguro, em que as pessoas se sintam confortáveis para ir ao cinema, é nossa”, garantiu.
Uma das ideias de adaptação para o mundo pós-coronavírus é reformatar os lançamentos. “É possível que os longas tenham menos bilheteria por fim de semana, mas fiquem muito mais tempo em cartaz”, disse Sean Gamble, diretor financeiro da Cinemark.
A empresa também está reconsiderando a “janela” tradicional entre o lançamento nos cinemas e a disponibilização de filmes para streaming ou locação on-line. De acordo com o executivo, o prazo de 74 dias pode ser repensado após o fim da pandemia.