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PF faz busca e apreensão em casa de Ciro Gomes; ex-ministro diz que ação é ataque à pré-candidatura

Operação investiga supostas fraudes em obra da Arena Castelão, nos anos de 2010 a 2013

Após a divulgação de que é alvo de operação da Polícia Federal de combate a fraudes na obra da Arena Castelão, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes se manifestou nas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (15).

“Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos a minha pré-candidatura à Presidência da República. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018”, declarou.

A informação de que ele e o irmão, o então governador Cid Gomes, são alvo da operação foi divulgada por veículos como Veja e Folha de S. Paulo, que tiveram acesso a documentos. Cid Gomes e os demais citados ainda não se manifestaram publicamente.  A operação se refere ao período de 2010 a 2013 – quando Cid era governador do Estado.

No texto, Ciro diz que a ação é um ataque a sua pré-candidatura à Presidência da República.

“Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou”, escreveu Ciro nas redes sociais.

Operação da PF

A “Operação Colosseum”, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão no Ceará e em outros três estados para apurar fraudes e corrupção nas obras da Arena Castelão, entre 2010 e 2013.

Segundo a PF, há indícios de desvios de R$ 11 milhões pagos em dinheiro vivo ou por doações eleitorais.

São investigados fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos em licitações das intervenções feitas no equipamento esportivo.

Leia a nota de Ciro Gomes na íntegra:

Até esta manhã eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático.

Mas depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade.

O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014.

Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com  maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo.

Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou.

Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção.

Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à presidência da republica. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018.

O braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim.

Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita.

Nuca me senti um cidadão acima da lei, mas não posso aceitar passivamente ser tratado como um subcidadão abaixo da lei.

Sou um homem do embate, do combate e do Direito. Essa história não ficará assim. Vou até as últimas consequências legais para processar aqueles que tentam me atacar. Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão.

NINGUÉM VAI CALAR A MINHA VOZ

*Com informações do Diário do Nordeste

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