Apesar de terem sido condenados por homicídio doloso no caso da tragédia da Boate Kiss, os quatro réus não foram presos nessa sexta-feira (10), saindo pela mesma porta que as famílias das vítimas. O habeas corpus preventivo foi criticado pela promotora de Justiça Lucia Helena Callegari, que participou da acusação no julgamento.
“Lamento porque a sensação que temos é que talvez a justiça não fique tão completa para as famílias, que esperavam não sair pela mesma porta que os réus”, disse a magistrada em entrevista ao Uol.
Habeas Corpus
Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da boate Kiss; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical, conseguiram habeas corpus (HC) por liminar pedida por Elissandro.
Penas
Elissandro, que mandou acender o artefato pirotécnico e “teve a maior imputação”, segundo o juiz, foi condenado a 22 anos e seis meses de reclusão. Mauro pegou 19 anos e seis e meses e Marcelo e Luciano, 18 anos.
O juiz Orlando Faccini Neto, que deu a sentença, pontuo que o cumprimento da pena inicial é em regime fechado, mas com possibilidade de regressão ao longo dos anos.
Sobre o HC ele comentou: “Como juiz, não tenho outra alternativa a não ser respeitar”, disse Faccini Neto. “Cabe-me respeitar. É uma decisão liminar. Aguardemos o resultado. Procurei realizar o júri e dar de mim o melhor”.