Após manifestações e protestos em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, nesta terça-feira, dia 02, uma mobilização pró-democracia será realizada a partir das 14h, na avenida Djalma Batista, em frente ao posto 700. Em Manaus, o ato é coordenado por integrantes do movimento Amazonas pela Democracia, que surgiu no Twitter e rapidamente ganhou muitos adeptos nas páginas oficiais do Facebook e Instagram.
Nos grupos de whatsapp, membros da sociedade civil organizada estão se unindo contra os movimentos antidemocráticos, que incitam o ódio, o preconceito e o fascismo.
Para evitar confrontos ou abuso de autoridade durante o protesto, um grupo de advogados de Manaus decidiu acompanhar a manifestação para tentar assegurar a segurança de quem for às ruas.
O grupo de manifestantes pediu a participação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) para que sejam tomadas as medidas cabíveis no sentido de assegurar o controle externo da atividade policial, evitando ilegalidades e abuso de poder ou autoridade. O documento foi enviado à Procuradora-Geral de Justiça do Amazonas, Leda Mara Nascimento Albuquerque.
O advogado Marcelo Amil disse que a decisão de participar da manifestação é garantir ao cidadão o direito constitucional de manifestar-se sem interferência de opositores ou da força policial desnecessária.
Além dos advogados, sociólogos, professores e demais categorias assinaram a petição pedindo que o Ministério Público envie promotores de Justiça para acompanharem o ato pacífico. A medida foi solicitada após ameaças nas redes sociais e registro de truculência policial nos demais Estados brasileiros onde foram realizadas manifestações pró-democracia.
O movimento, segundo os organizadores, é uma ação da população “contra os retrocessos sociais impostos pelo governo Bolsonaro e contra o genocídio da população pobre e negra no Brasil”. A morte do adolescente João Pedro, de 14 anos, no Rio de Janeiro, durante uma operação policial é uma das bandeiras do movimento, que também faz críticas as alusões ao nazismo e ao fascismo feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.
