Após a notícia de que o Brasil entrou em recessão técnica, o Ministério da Economia publicou nota defendendo que “fatores climáticos adversos” pesaram na queda do PIB. “É fundamental distinguir o que é política econômica de fatores climáticos adversos e pontuais da natureza, deve se ressaltar que se observa a maior crise hídrica em 90 anos de história”, diz o órgão.
“A queda de 8% da agropecuária na margem produziu impacto de -0,5 p.p. do PIB no 3T21 contra o trimestre imediatamente anterior. Se fosse zerada a variação da agropecuária na margem, o PIB cresceria na ordem de 0,3% a 0,4% no 3T21 em relação a 2T21”, afirma a Economia.
Além disso, o órgão argumenta que os registros podem passar por revisões em breve: “Cabe ressaltar que a primeira divulgação do PIB é passível de futura revisão: assim, o recuo do PIB de 2020 foi revisado para cima, de -4,1% para -3,9%. O crescimento da agropecuária em 2020 foi revisado de 2,0% para 3,8%, da indústria de -3,5% para -3,4% e de serviços, de -4,5% para -4,3%”.
O documento também afirma que a economia do país se encontra evoluindo em diversas outras áreas, trazendo perspectiva positiva sobre a situação. Segundo a pasta, a taxa de poupança chegou a 18,6% do PIB, e a taxa de investimento atingiu 19,4%, retomando o nível do início da década passada.