As secretarias ligadas ao Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus irão passar por cortes orçamentários e estruturais, em decorrência de queda na arrecadação do Amazonas e de Manaus durante o pico da pandemia. Ambos, Wilson Lima e Arthur Virgílio Neto, já se pronunciaram sobre os novos planejamentos.
Quanto ao Executivo do Estado, técnicos do governo deverão apresentar, em até 30 dias, um planejamento de readequação de projetos e estruturas, priorizando as áreas da saúde, segurança pública, social, economia e educação. A determinação foi feita por Wilson Lima em reunião com secretários nesta segunda-feira.
“A partir de hoje estamos fazendo uma reformulação do Estado. Vamos ter que cortar estruturas, reavaliar o planejamento de todas as secretarias, reavaliar todo o orçamento. Nesse momento é hora de pensar no coletivo. Vamos debater novas ideias, ajustar projetos em curso, identificar oportunidades, propor programas e dar novos formatos a eles. Temos que focar agora no que é vital e essencial”, disse Wilson Lima.
Já Arthur Virgílio Neto, prefeito de Manaus, anunciou, no último sábado (30), a extinção de três secretarias, redução de 110 cargos comissionados, além de cortes em contratos. As medidas devem economizar cerca R$ 500 milhões no orçamento municipal.
“Não abro mão de trabalhar no limite da responsabilidade fiscal. Não corremos esse risco, porque o nosso comprometimento com pessoal hoje é de 42%. O que queremos fazer é ajustar Manaus ao seu orçamento, que está caindo. Vou terminar o mandato com uma prefeitura menor, mas que caiba dentro do seu orçamento, seja qual for o percentual de queda de arrecadação”, afirmou Arthur.
O prefeito já havia anunciado o plano de contingenciamento da capital ainda em março deste ano, no início do pandemia do coronavírus, na Câmara Municipal de Manaus (CMM).