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77 anos de Maria da Penha: símbolo do combate à violência contra a mulher

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

Maria da Penha Maia Fernandes, nome conhecido em todo o Brasil e um dos maiores símbolos do combate à violência contra a mulher, completa nesta terça-feira (1º) 77 anos. Maria foi vítima de uma tentativa de feminícidio e foi na Justiça que tentou fazer com que seu ex-marido pagasse pelo crime que havia cometido. Hoje, a lei que leva o seu nome é essencial para garantir o direito das mulheres no País em casos de violência doméstica e familiar.

Relembre o caso:

O crime aconteceu no dia 29 de maio de 1983, quando Maria dormia na casa onde vivia com o ex-marido, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, e com as três filhas, quando foi surpreendida por um forte barulho dentro do próprio quarto. E ao tentar levantar para tentar entender o que estava acontecendo, Maria percebeu que não conseguia se mexer. “Imediatamente me veio o pensamento: o Marco me matou!“, contou ela, em entrevista ao “Programa do Porchat“.

Maria era farmacêutica e perdeu os movimentos, pois o tiro desferido pelo ex-marido acabou atingindo a sua medula. Mas, ao contrário do que Penha havia pensado, a polícia acreditou na história contada por Marco. E afirmou que ele dizia, sempre que alguém perguntava, que quatro homens haviam entrado na residência e realizado o assalto, mas fugiram do local sem que fosse percebido. Mas, a história só veio à tona quando Maria teve alta e precisou prestar depoimento.

Após quatro meses depois da tentativa de assassinato, Maria pôde ter alta e ficou em casa por 15 dias. E foi exatamente nesse momento em que ela sofreu a segunda tentativa de homicídio. Foi com um chuveiro elétrico que Marco tentou matar Maria. Ele usou o produto para que ela pudesse eletrocutar até a morte.

Foram os seus familiares que os socorreram e levaram para a casa dos pais, onde conseguiu falar sobre o que realmente havia acontecido. Com isso, o colombiano foi chamado na delegacia com a justificativa de que precisava assinar um papel para que a investigação fosse encerrada. Ao chegar no local, Marco foi interrogado e, para a sua surpresa, já não lembrava da justificativa que havia dito no primeiro momento.

A versão foi percebida e Marco acabou indiciado pelo crime. Mas foram precisos oito anos para que ele fosse julgado, e com isso, foi sentenciado a 15 anos de prisão, mas por conta dos recursos pedidos pela defesa, saiu do fórum em liberdade.

Esse foi um momento em que eu me perguntei: ‘Justiça é isso?’. Foi muito doloroso para mim“, relembra. A situação quase fez Maria da Penha desistir da luta, até que ela percebeu que isso só beneficiaria o agressor. “Eu disse: ‘eu estou fazendo o que ele quer e o que todos os outros agressores querem. Que a outra parte enfraqueça e não vá adiante.

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