Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 75 milhões de pessoas apresentam algum grau de cegueira que as impossibilita de praticar atividades comuns do dia a dia como, por exemplo, ler. Neste contexto, há 27 anos, a norte-americana Debra Bonde deu início a um projeto que ressignificaria o debate sobre acesso à leitura entre pessoas com deficiência visual.
Usando uma impressora caseira construída pelo pai, começou a transcrever histórias infantis em braile e passou a vendê-las, abaixo custo, na cidade de Detroit (EUA).
Não demorou para que a iniciativa de Debra repercutisse entre pais de estudantes cegos e educadores da região. Passado algum tempo desde o início, o projeto que visava apenas bancar os custos da impressão dos livros, tornou-se referência de acessibilidade na educação.
Debra, então, reuniu amigos e criou uma organização sem fins lucrativos para impulsionar a produção de publicações em braile. Assim surgiu a Seedling Braile Books for Children, ONG destinada à inclusão da leitura entre crianças cegas por meio da distribuição de livros.
Sob a premissa de que a doação dos livros despertaria o incentivo à leitura entre as crianças, apenas primeiro ano, Debra imprimiu 221 publicações. Desde 1994, foram 600 mil livros distribuídos em todo o mundo.
A organização oferece metade dos livros gratuitamente e o restante é vendido a valores populares (em média 10 dólares). Para se manter, a fundação também vende camisetas, presentes e outros souveniers.
*Com informações do Catraca Livre